Este livro permite aprender e transmitir a inclusão, simular realidades, criar empatia, "experimentar" a cegueira, refletir sobre este filme.
Lembro-me de ter encontrado este livro na livraria Bulhosa (mais uma vez esta livraria, trabalhava lá perto, era o passeio da hora de almoço) e de o querer comprar imediatamente. O valor era superior ao plafond disponível e, na altura, contentei-me com a oportunidade de folheá-lo e de imaginar o que faria com ele em contexto escolar (isto aconteceu nos meus tempos áureos de estudante, estudante de 30 e poucos anos).
Mais tarde, fiz um trabalho em que referi este livro e a minha sugestão de atividades foi muito óbvia: vendar os olhos das crianças; ler o texto em voz alta ao mesmo tempo que as crianças folheiam as páginas desta relíquia; orientá-las para a descoberta das texturas, promovendo assim a associação do texto lido às texturas impressas no livro; estimular a imaginação levando-as a cenários hipotéticos. A história associa as cores a determinados cheiros, logo, efetuar a leitura com a possibilidade de as crianças experimentarem o aroma associado a cada cor descrita no livro seria uma mais valia. Seria perfeito se cada aluno tivesse o seu livro e a atividade/experiência fosse realizada com todos os alunos ao mesmo tempo.
Outras hipóteses: disponibilizar objetos, propor o manuseamento dos mesmos de olhos vendados, pedir às crianças para os descreverem, bem como a sua função; propor a deslocação na sala de aula com os olhos vendados de um determinado lugar a outro seguindo as instruções dadas pelo professor/pelos colegas; sentar as crianças em roda com os olhos vendados, apresentar uma sequência de sons - um carro a chegar, um comboio a apitar, a chuva a cair - e pedir para descreverem o lugar para onde são "levados" pelos sons; registar todas as dificuldades que as crianças vão sentindo. No final, em grande grupo, debater os obstáculos encontrados e as dificuldades sentidas e recolher ideias para melhorar o quotidiano de pessoas com deficiência visual. Tudo isto aconteceria no campo da simulação e da manipulação de realidades, mas poderia ser um ótimo ponto de partida para a compreensão das dificuldades que alguns sentem, para a inclusão, para o respeito pelo outro, para a aprendizagem da empatia. Este livro é maravilhoso por tudo o que pode representar, foi amor à primeira vista, à segunda, à terceira... É impossível ficar indiferente: um livro tão poético, que consegue transmitir a realidade (de alguns) com uma sensibilidade ímpar.
Outras hipóteses: disponibilizar objetos, propor o manuseamento dos mesmos de olhos vendados, pedir às crianças para os descreverem, bem como a sua função; propor a deslocação na sala de aula com os olhos vendados de um determinado lugar a outro seguindo as instruções dadas pelo professor/pelos colegas; sentar as crianças em roda com os olhos vendados, apresentar uma sequência de sons - um carro a chegar, um comboio a apitar, a chuva a cair - e pedir para descreverem o lugar para onde são "levados" pelos sons; registar todas as dificuldades que as crianças vão sentindo. No final, em grande grupo, debater os obstáculos encontrados e as dificuldades sentidas e recolher ideias para melhorar o quotidiano de pessoas com deficiência visual. Tudo isto aconteceria no campo da simulação e da manipulação de realidades, mas poderia ser um ótimo ponto de partida para a compreensão das dificuldades que alguns sentem, para a inclusão, para o respeito pelo outro, para a aprendizagem da empatia. Este livro é maravilhoso por tudo o que pode representar, foi amor à primeira vista, à segunda, à terceira... É impossível ficar indiferente: um livro tão poético, que consegue transmitir a realidade (de alguns) com uma sensibilidade ímpar.
O Livro negro das cores é da Bruaá Editora, texto de Menena Cottin e ilustração de Rosana Faria.
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