segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A brincar é que a gente (pequena) se entende #19 - Quando for grande quero uma escola que faça assim ou... quero uma escola que faça assim enquanto o meu filho for pequeno

Já escrevi que a escolha do Jardim de Infância não foi pacífica. Que o Jardim de Infância que ele frequenta não foi a minha primeira opção. Já  lamentei e reclamei (muito) porque o Jardim de Infância que ele frequenta não tem espaço exterior.
Está na hora de repensar as decisões tomadas anteriormente e começar a pensar em alternativas. E por falar em alternativas, hoje deparei-me com uma notícia publicada no Jornal Público que fala do "Projecto de educação ao ar livre Limites Invisíveis que leva crianças do ensino pré-escolar a passar os dias na Mata do Choupal. E não há mau tempo que assuste, aliás, com chuva até é mais divertido".

 Imagem integrante da notícia retirada daqui

Lembro-me de um professor falar de uma escola na Finlândia (julgo que era na Finlândia) que não tinha muros, nem vedações, nem limitações. Que as crianças andavam livremente pelo espaço que circundava a escola. Apesar de a ideia me agradar, coloquei várias questões: como é que se controla? como é que garantimos que nenhuma criança se vai embora? como é que garantimos que ninguém leva nenhuma criança? Responsabilizando? Criando regras em conjunto? Supervisionando? Tendo mais recursos humanos?...Este projeto proporciona essa liberdade com alguns receios contemplados e assumidos, mas contornados e desmistificados (foi a ideia com que fiquei). Gostava muito de experimentar um projeto deste género, nem que fosse como encarregada de educação. Não sendo possível, acho que todos os Jardins de Infância e escolas deveriam proporcionar, todos os dias, algumas horas de brincadeira espontânea ao ar livre e a exploração livre do meio ambiente.
O aumento da quantidade de roupa para lavar é apontado como um ponto negativo, mas mais negativo ainda, na minha opinião, é um bibe que regressa a casa 5 dias depois de sair sem uma nódoa de terra, de lama, de tinta. É (também) por isto que procuro alternativas viáveis.

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