Na escola que o meu filho frequentou de Setembro de 2016 a Abril de 2017 houve actuações na festa de Natal. Na escola que o meu filho frequenta atualmente não houve actuçaões na festa de final de ano, houve um Arraial inspirado nos costumes e tradições da terra onde vivemos, com gente vestida a rigor (opcional), com jogos tradicionais, com bancas de atividades (pintar um t-shirt, por exemplo), com rancho, com comes e bebes, com o parque da escola à disposição de todos. Assim sendo, sinto-me à vontade para falar destas duas experiências.
Em relação à actuação na festa de Natal, estive numa das primeiras filas (não, não comprei bilhete; sei que em algumas escolas se vendem bilhetes, mas não foi o caso) com o telemóvel na mão à espera que chegasse a vez da minha criança atuar. Um orgulho parvo, mas legítimo, ao ver o meu miúdo em cima do palco com os trajes (simples e giros) feitos pelas educadoras. Cantaram uma versão Brasileira da música que andaram a ensaiar semanas antes da festa, uma vez que a original desapareceu da Pen. Raio das tecnologias, quando decidem trocar-nos as voltas não há grande coisa a fazer. Não me pareceu que os miúdos sentissem algum tipo de pressão por estarem em cima do palco. O que me pareceu foi que o espectáculo acabou por ser uma grande seca para eles (e para nós): a espera dele para subir ao palco e a minha espera para o ver; ver todas as atuações sentado; o silêncio imposto que por vezes não se cumpria... Enfim, não saí assim que o miúdo terminou a atuação por vergonha, mas tive vontade. Os miúdos não gostam de estar tanto tempo sentados e quietos. E os pais, por vezes, também não.
No Arraial, pediram-nos para irmos vestidos a rigor ou, pelo menos, levarmos um acessório alusivo ao tema. Não houve atuações. Eu, que até gosto de passar despercebida, esforcei-me para irmos vestidos a rigor da cabeça aos pés: eu, o pai, o miúdo e a prima. A miúda estava feliz da vida por vestir uma saia com roda: rodopiou, rodopiou e interpretou o papel de forma exemplar. O miúdo pelo simples facto de ter uns suspensórios estava feliz da vida, não por ir vestido a rigor, mas porque associou aquele acessório ao porquinho mais velho (já cá faltavam os porcos). Eu, por incrível que pareça, até um lenço na cabeça levei (claro que tive de pedir à educadora do miúdo para mo pôr). O pai alinhou sem resistência e vestiu um fato a condizer. Eles brincaram. Participámos nos jogos que quisemos. Assistimos à atuação do rancho. Comemos e bebemos. E eles brincaram novamente até se cansarem. Preferimos o Arraial, é mais o nosso estilo.
Não quero desvalorizar o palco, até porque o considero muito importante. No entanto o formato de comemoração centrada em atuações nem sempre resulta, principalmente para as faixas etárias mais baixas.
Considero ainda que a pressão, por vezes, imposta (não foi o caso, foram atuações muito simples) é completamente desadequada neste contexto. É suposto que estas comemorações sejam momentos de festejo e de diversão, não de castigo. Os miúdos não fizeram mal a ninguém. E os pais também não.
Por fim, o formato Arraial promove a aproximação dos pais à escola e possibilita um maior convívio entre pais e a comunidade escolar. No formato das atuações não tive oportunidade de falar com outros pais nem com a as educadoras, por exemplo. Acho que o Arraial (quem diz Arraial, diz piquenique) é mais centrado na interação do que na apresentação/exposição do que se conseguiu, ou não, fazer.
Pela minha experiência, neste contexto, ganha o Arraial. O palco (em exclusivo) fica reservado para outras andanças.
Em relação à actuação na festa de Natal, estive numa das primeiras filas (não, não comprei bilhete; sei que em algumas escolas se vendem bilhetes, mas não foi o caso) com o telemóvel na mão à espera que chegasse a vez da minha criança atuar. Um orgulho parvo, mas legítimo, ao ver o meu miúdo em cima do palco com os trajes (simples e giros) feitos pelas educadoras. Cantaram uma versão Brasileira da música que andaram a ensaiar semanas antes da festa, uma vez que a original desapareceu da Pen. Raio das tecnologias, quando decidem trocar-nos as voltas não há grande coisa a fazer. Não me pareceu que os miúdos sentissem algum tipo de pressão por estarem em cima do palco. O que me pareceu foi que o espectáculo acabou por ser uma grande seca para eles (e para nós): a espera dele para subir ao palco e a minha espera para o ver; ver todas as atuações sentado; o silêncio imposto que por vezes não se cumpria... Enfim, não saí assim que o miúdo terminou a atuação por vergonha, mas tive vontade. Os miúdos não gostam de estar tanto tempo sentados e quietos. E os pais, por vezes, também não.
Imagem retirada daqui
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Não quero desvalorizar o palco, até porque o considero muito importante. No entanto o formato de comemoração centrada em atuações nem sempre resulta, principalmente para as faixas etárias mais baixas.
Considero ainda que a pressão, por vezes, imposta (não foi o caso, foram atuações muito simples) é completamente desadequada neste contexto. É suposto que estas comemorações sejam momentos de festejo e de diversão, não de castigo. Os miúdos não fizeram mal a ninguém. E os pais também não.
Por fim, o formato Arraial promove a aproximação dos pais à escola e possibilita um maior convívio entre pais e a comunidade escolar. No formato das atuações não tive oportunidade de falar com outros pais nem com a as educadoras, por exemplo. Acho que o Arraial (quem diz Arraial, diz piquenique) é mais centrado na interação do que na apresentação/exposição do que se conseguiu, ou não, fazer.
Pela minha experiência, neste contexto, ganha o Arraial. O palco (em exclusivo) fica reservado para outras andanças.
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