quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

A escola Pública: a nossa experiência

Escrevi aqui que sentia uma grande incerteza acerca do que ia acontecer este ano letivo. A incerteza prolongou-se até Janeiro, até à data da reunião com a educadora do meu filho. 

Conheci a Educadora do meu filho no dia 14 de Setembro na primeira reunião. Gostei dela, das ideias, do dinamismo que demonstrou. Pareceu-me assertiva e com muitas ideias alinhadas com as minhas. Não consegui validar a parte humana, mas saí da reunião com uma boa sensação.
No dia 17 de Setembro não foi ela que o recebeu no primeiro dia de aulas: foi operada de urgência, só regressou no final de Novembro. Teve uma educadora temporariamente. Teve outra educadora temporariamente (que gritava, de acordo com as palavras do miúdo). E eu, apesar de o sentir integrado e feliz desde o primeiro dia, sentia-me perdida. Não fazia ideia do que se passava na escola, ele não trazia novidades, a não ser mais cansaço ao final do dia.

Uma das pessoas que está com ele ao final do dia diz-me, desde o início, que ele come bem. Ele fala e brinca com todos os colegas, da sala dele e das outras. Pede para ficar no ATL da escola. Ao fim de semana pergunta se vai para a escola e até fica um pouco aborrecido quando respondemos que não. Fez novos "grandes amigos". Vê-lo bem sempre foi uma das nossas exigências e a maior condicionante para ele continuar ou sair da escola pública. Cumpriu-se este requisito desde o início.

Os meus horários de trabalho não me permitem encontrar a Educadora nem com a Auxiliar da sala dele. O pai, que vai levá-lo de manhã, cruza-se com a Auxiliar desde o início. Esta, apesar de parecer despistada e de não prestar grande atenção ao que dizemos, é muito carinhosa com os miúdos, atenta e regista tudo o que dizemos (constatámos depois). Ele gosta muito dela. Ainda me cruzei com as duas educadoras que ele teve pelo meio, mas não consegui tirar grandes ilações.

No início de Janeiro foi então agendada a tão aguardada (por mim) reunião com a Educadora, a primeira, a que conheci no dia 14 de Setembro. Uma conversa descontraída, na qual se falou do grupo de crianças, do que se tem feito, do que se pretende fazer, das mudanças de Educadora, da fácil adaptação deles a todas elas, de algumas rotinas da sala, da importância que se dá ao saber estar/ao respeitar o outro, da possibilidade dos pais planearem uma atividade com o grupo de crianças ou de passarem uma manhã na escola com as crianças. Sempre com a demonstração de um grande respeito pelo ritmo e gosto das crianças. Foi dito claramente que não se dá uma grande ênfase à quantidade de trabalhos que se fazem, esta é sacrificada em detrimento de trabalhos com significado para as crianças. Têm feito experiências, cumprimentam-se em várias línguas de manhã, inclusive em linguagem gestual, é dada alguma liberdade relativamente ao que fazem. Gostei e descontraí. Começou, finalmente, o ano letivo para mim. 

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