Uma questão que este documentário coloca: Se um médico do início do século XX (com formação do início do século XX) entrar numa sala de cirurgia do século XXI, conseguirá operar? Pois, parece-me bem que não. Então, porque é que teimam em formar professores que vão lecionar em salas de aula do século XXI com metodologias do século XIX? Podemos começar por questionar se o papel da criança do século XIX é igual ao do Século XXI - digo eu que percebo pouco disto.
Também podemos questionar se, com as novas tecnologias, faz sentido que a sala de aula seja apenas aquele quadrado físico - o mundo, sim, deve ser a sala de aula; se faz sentido que a disposição de muitas das salas de aula de hoje promova o trabalho individual; e o que significa um ensino transmissivo e a hierarquia de papéis numa sala de aula numa sociedade democrática. Sei que existem escolas que priorizam, cada vez, metodologias ativas em que a criança tem uma voz e um papel ativos, só lamento que não sejam todas. Também sei (li num artigo publicado na revista Visão há alguns anos) que alguns professores têm medo da mudança, têm medo de não conseguir. E aqui lamento ainda mais, é porque não se sentem apoiados.
Será que algum dia conseguiremos construir uma escola tão boa, tão alegre que os alunos e professores queiram frequentá-la aos sábados, domingos e feriados? Em cooperação com as famílias - acrescento eu que quero dias só para nós. Julgo que a questão é colocada para nos fazer refletir sobre os motivos pelos quais muitas crianças não se sentem bem na escola, não gostam das vivências na escola.
Um filme de Antonio Sagrado Lovato, Raul Perez e Anderson Lima, apresentado por Despertar Filmes em 2014. Com a participação de José Pacheco, um dos mentores da Escola da Ponte.
Trailer:
Passou uma "Grande Reportagem" na SIC recentemente, "A Escola, o Futuro e o 9º H", que ainda não vi. Mas quero ver.
Passou uma "Grande Reportagem" na SIC recentemente, "A Escola, o Futuro e o 9º H", que ainda não vi. Mas quero ver.
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