Este Natal gostei da nossa árvore de Natal pouco alinhada, mas cheia de coisas com significado. Gostei do abraço da minha avó no dia 24. Gostei da mesa cheia. Gostei da fantasia que encenei e da espécie de contagem decrescente que consegui concretizar. Gostei de completar o presépio e de ver o meu filho feliz com a chegada do Menino Jesus e dos 3 Reis Magos no dia 24 à noite. Gostei dos presentes que recebi. Gostei dos que ofereci (gostava de ter oferecido mais). Gostei de estar junto dos que mais amo. Gostei de ver a surpresa desenhada no rosto deles (filho e sobrinha) durante o desembrulhar de alguns presentes. Gostei das músicas de Natal que ouvimos em Dezembro (excepto a que a minha excelentíssima irmã pôs a tocar na noite do dia 24, a miúda é louca). Gostei de ajudar alguém, mesmo tendo sido uma ajuda pequena. Gostei de cada abraço do meu filho. E de cada beijo. Gostei de ver o meu filho brincar com todos os presentes que recebeu, apesar do número de presentes ser mais elevado do que o previsto - já sabíamos que iria receber muitos presentes, eu e o pai comprámos-lhe apenas um; ainda ficaram dois para abrir no dia de Reis, quando a árvore de Natal e o presépio se despedirem; ou para abrir noutro dia qualquer. Gostei de ter chegado a horas ao jantar de Natal. Gostei de não ter perdido muito tempo a enviar sms's de Natal (desculpem, mas estava mais preocupada em vivê-lo). Gostei da festa de Natal do meu filho. Gostei do 4.º Natal do meu filho.
Não gostei do frenesim das compras. Não gostei da quantidade industrial de doces, estupidamente deliciosos, a que me sujeitaram (na verdade até gostei, o problema é esse). Não gostei de constatar que a minha sobrinha já não acredita no Pai Natal. Não gostei de ir trabalhar no dia 26 de Dezembro. Não gostei de ver o miúdo a atirar-se às filhós antes do jantar de Natal (é Natal, mas...). Não gostei da separação que me tem sido imposta quase toda a vida: há sempre alguém que não está ou eu própria não estou onde deveria estar. Não gostei da saudade que senti de tempos que não voltam e de pessoas que não voltam. Não gostei das lágrimas da minha avó nem da culpa por estar pouco tempo com ela. Não gostei do vazio que o fim do Natal me deixou... nem dos quilos a mais que não levou.
Estou "perdida" no que respeita a intenções/objetivos/metas/planos para 2017, apesar de desconfiar que vai ser um excelente ano. Não tenho propriamente objetivos definidos, mas acredito no ano de 2017. Tenho um desejo, mas preciso de senti-lo com mais intensidade, com mais convicção, com mais certeza.
Relativamente a desejos para os outros, tenho muitos, mas há um que sobressai: a felicidade plena da minha irmã... também sinto que está para breve.
"Boas intenções há muitas, sua palerma. Venham lá as concretizações!" - respondo-me.
Descobri agora uma intenção para 2017: Regar com amor, no momento certo e na medida exata, o que me faz feliz.
Imagem retirada da Internet: fonte desconhecida
Na verdade, a intenção é preservar o que me faz feliz. E se possível acrescentar algo mais a essa felicidade.
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