- Mãe, achas que sou especial?
- Sim filho, acho que és especial.
- Porquê?
- Para mim és especial porque és meu filho - os filhos são sempre especiais para os pais. Também és especial para outras pessoas: és divertido, amigo, as tuas brincadeiras são interessantes e engraçadas, és brincalhão, és criativo/és inventor, tens boas conversas...
Eu gosto muito de estar contigo. Tens um sorriso maravilhoso, sorris com os olhos; dás abraços especiais e apertados; dizes que eu sou a tua mãe preferida... Acho mesmo que és especial, e não é só por seres meu filho (isto pode ser discutível, não para mim que sou a mãe do miúdo). És especial para o pai, para os avós, para os tios, para a prima, para a madrinha...
Eu gosto muito de estar contigo. Tens um sorriso maravilhoso, sorris com os olhos; dás abraços especiais e apertados; dizes que eu sou a tua mãe preferida... Acho mesmo que és especial, e não é só por seres meu filho (isto pode ser discutível, não para mim que sou a mãe do miúdo). És especial para o pai, para os avós, para os tios, para a prima, para a madrinha...
- Hummmm, a A. (a educadora) diz que eu não sou especial; diz que o F. é que é especial. Eu não.
- Ahhhh, vamos lá falar de crianças especiais. Vamos lá ver o que é que a A. quis dizer com isso.
(Não sei como surgiu a conversa, no entanto ele interpretou assim).
(Não sei como surgiu a conversa, no entanto ele interpretou assim).
(Ainda não tenho a proximidade que gostava com a educadora, mas gostava de ter comentado este diálogo com ela. Certamente terminaríamos a rir da situação, e ela ficaria a perceber a interpretação que o miúdo fez relativamente aos amigos especiais).
- Filho, o F. tem de esforçar-se muito mais do que tu para conseguir fazer determinadas coisas. Por isso é que a A. diz que ele é especial.
(Conversámos sobre as dificuldades que este menino encontra no seu dia a dia, ele foi transmitindo o que sente relativamente aos comportamentos do colega, perguntei-lhe se conseguia ajudá-lo em alguma tarefa). Relembrámos este livro e lemos "Um detetive na cadeira de rodas" da mesma coleção.
Uns dias depois:
- Mãe, o F. estava a puxar os cabelos à M.; eu perguntei-lhe se ele queria puxar os meus cabelos; ele deixou a M.; comecei a correr e ele começou a correr atrás de mim; depois cansou-se de correr atrás de mim e desistiu...
- Huuuummmmm. E como é que ele ficou?
- Ele ficou bem. E a M. também.
(Não era bem isto que eu tinha em mente quando lhe perguntei se podia ajudar o F., mas ele encontrou esta solução).
*****
- Mãe, o Menino Jesus é especial?
- Sim. O Menino Jesus foi um menino/pessoa muito especial, por isso, ainda hoje, vive no coração de muita gente.
- É especial como o F.?
*****
Mãe, a C. faz anos no dia de Natal, faz anos no mesmo dia do Menino Jesus. Ela também é especial?
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