Era uma vez um menino muito traquina, brincalhão e teimoso. Chamava-se Índio Pirata, Índio da parte da mãe, Pirata da parte do pai. Era bem disposto e alinhava nas brincadeiras dos pais com muita facilidade, mas tinha a mania de dizer NÃO a tudo. Até mesmo às coisas que queria dizer SIM, ele dizia NÃO. Era muito teimoso.
Um dia, o QUERO passou a acompanhá-lo e o NÃO QUERO passou a ser o conjunto de palavras mais ouvido. Os pais, ao início, acharam graça, acharam que era uma forma de o Índio Pirata se impor e mostrar que tinha vontade própria, no entanto, com o passar do tempo, começaram a achar que o menino iria perder muito se continuasse a utilizar o NÃO QUERO indiscriminadamente. Começaram então a engendrar um plano para o fazer acabar com aquela mania.
Um dia, o QUERO passou a acompanhá-lo e o NÃO QUERO passou a ser o conjunto de palavras mais ouvido. Os pais, ao início, acharam graça, acharam que era uma forma de o Índio Pirata se impor e mostrar que tinha vontade própria, no entanto, com o passar do tempo, começaram a achar que o menino iria perder muito se continuasse a utilizar o NÃO QUERO indiscriminadamente. Começaram então a engendrar um plano para o fazer acabar com aquela mania.
Começaram por lhe perguntar coisas que sabiam, à partida, que ele não queria, tais como:
Queres mudar a fralda?
Queres dormir?
Queres beber água?
A resposta era sempre a mesma, NÃO QUERO.
Passado algum tempo, perguntaram-lhe se queria ir ao parque. Ele, embalado pelo NÃO QUERO, pronunciou-o mesmo querendo ir. Os pais assumiram, então, o NÃO QUERO como uma verdade e não foram ao parque. É claro que o Índio Pirata queria ir ao parque; ele adorava empoleirar-se no baloiço, correr descalço e brincar com a areia; mas como tinha dito NÃO QUERO, estava em casa. Os pais acharam que ele tinha de aprender que quando dizia NÃO QUERO era mesmo porque não queria.
O menino estava triste, olhava para a rua através da janela e continuava a falar do parque, da areia e do balde. Os pais resolveram conversar com ele, explicando-lhe o motivo pelo qual não tinham ido ao parque, dizendo-lhe que tinha sido ele próprio a decidir que não queria ir ao parque. O Índio Pirata, depois de ouvir atentamente a explicação dos pais, gritou um QUERO tão alto que até os cães do vizinho começaram a ladrar, o vizinho sensível que estava a dormir acordou e o gato da vizinha do segundo andar saltou para a varanda da do primeiro. Os pais perguntaram-lhe novamente: Índio Pirata queres ir ao parque? Ele respondeu: SIM.
O menino estava triste, olhava para a rua através da janela e continuava a falar do parque, da areia e do balde. Os pais resolveram conversar com ele, explicando-lhe o motivo pelo qual não tinham ido ao parque, dizendo-lhe que tinha sido ele próprio a decidir que não queria ir ao parque. O Índio Pirata, depois de ouvir atentamente a explicação dos pais, gritou um QUERO tão alto que até os cães do vizinho começaram a ladrar, o vizinho sensível que estava a dormir acordou e o gato da vizinha do segundo andar saltou para a varanda da do primeiro. Os pais perguntaram-lhe novamente: Índio Pirata queres ir ao parque? Ele respondeu: SIM.
O menino que dizia NÃO a tudo foi ao parque, brincou com a areia e com a água do regador, sujou-se e molhou-se, correu e subiu os escorregas ao contrário. Aprendeu em tão pouco tempo o significado das palavras QUERO e SIM. Os pais aprenderam que o Índio Pirata precisava apenas que lhe explicassem o verdadeiro significado das palavras, mostrando-lhe exemplos reais que tivessem significado para ele. Nessa noite, o Índio Pirata foi para a cama sem birras, sem teimosias, sem mal entendidos. O menino aprendeu a dizer NÃO QUERO apenas nas situações em que não queria mesmo.
Filho, do alto dos teus 21 meses, é isto que nos acontece. Isto é uma adaptação inspirada no que queremos alcançar. Ainda não chegámos propriamente à parte de utilizares o NÃO QUERO quando não queres mesmo, mas estamos a caminho. Parabéns pelo 21º mês de vida meu amor teimoso.
Meu Índio, não te esqueças que um teimoso não teima sozinho. Pode sempre dar-se o caso de encontrares um pior do que tu; sempre que considero que é necessário, eu teimo.
Créditos de imagem: Wishªcolor
Filho, do alto dos teus 21 meses, é isto que nos acontece. Isto é uma adaptação inspirada no que queremos alcançar. Ainda não chegámos propriamente à parte de utilizares o NÃO QUERO quando não queres mesmo, mas estamos a caminho. Parabéns pelo 21º mês de vida meu amor teimoso.
Meu Índio, não te esqueças que um teimoso não teima sozinho. Pode sempre dar-se o caso de encontrares um pior do que tu; sempre que considero que é necessário, eu teimo.
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