quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Adeus meu querido mês de Agosto / Foi assim que aconteceu #3

Ainda não me despedi de Agosto e, mais um pouco, estamos a meio de Setembro. Foi um mês triste. Partiram inesperadamente duas pessoas. Uma numa idade aceitável (se é que isto existe), mas sem aviso. Outra precocemente. Não comemorei o meu dia de anos, mas vou comemorar. No dia não senti felicidade nem euforia para o fazer, nestas coisas não forço sentimentos, respeito-me. Alguns disseram-me que devia comemorar pelo meu filho. Com ele comemorei o que senti que devia e conseguia, cantámos os parabéns, abracei-o, ele abraçou-me, os meus rapazes mimaram-me. Era só isto que eu precisava.
Não quero ensinar o meu filho a fingir no palco da vida real, não quero ensiná-lo a simular a felicidade quando estiver triste, não quero que a alegria seja uma imposição marcada por dias do calendário. Quero que ele saiba que a felicidade, a verdadeira, não se simula nem se enfeita, vive-se. Vive-se, simplesmente e intensamente. Quero que ele sorria de dentro para fora e que não ensaie sorrisos que devem aparecer espontaneamente. Que aprenda que é normal existirem momentos de tristeza. Às vezes estamos tristes e não há mal nenhum nisso. O importante é que a felicidade do que somos sobressaia e se sobreponha aos momentos de tristeza. Que estes não passem disso mesmo, momentos. E que a sua felicidade intrínseca, aquela que eu quero que ele viva, o ajude nos dias menos bons.   
Ainda não comemorei, mas vou comemorar os 39 anos e 1 mês, os 39 anos e 6 meses. Vou comemorar de verdade a felicidade por viver esta vida e por ter o que tenho. 

E porque este mês foi um mês marcado por coisas menos boas, vou passar para aqui o que escrevi acerca do mês de Agosto há dois anos:
"Agosto é o mês da mãe, é o mês do meu aniversário.
Para mim, é um mês com sabor a férias, com cheiro a praia e um dos meses mais coloridos do ano. É o mês dos Mojitos, das Caipirinhas e dos Gins Tónicos. É o mês das saladas e dos gelados. É o mês das caminhadas, de fazer programas diferentes, de fazer pequenas e/ou grandes viagens e de bares. É o mês de sentir o cabelo molhado constantemente, é o mês do bronzeador (no meu caso, mais protetor). É o mês de vestir saias, vestidos e calções. É o mês dos chinelos e do pé descalço. É o mês da liberdade. É um mês leve. É um mês com pouco trânsito em Lisboa (cidade que adoro). É o mês de espetáculos /eventos/atividades ao ar livre. É o mês de mais amigos.
Este ano, as cores deste mês sobressaem ainda mais, os cheiros intensificam-se e, mesmo que chova, não há dias cinzentos. Este mês o semicírculo do arco-íris paira sobre mim do dia 1 ao dia 31. Este mês não há Mojitos, Caipirinhas ou Gins Tónicos, mas há água de uma fonte especial. Este mês não posso abusar dos gelados e não me posso ficar só pelas saladas, mas alimento-te. Este mês continua a ser o mês dos chinelos, mas só dos confortáveis para te suportar. Este mês é o mês de experimentar uma nova forma do verbo amar, o amar de mãe. Este mês é o mês de te partilhar com amigos e familiares, ainda que seja uma partilha restrita. Este mês é o mês da renovação, da boa energia e do sorriso constante. Este mês é o mês de agradecer a vida que tenho. Este mês de Agosto é ainda mais especial que todos os outros. É que este ano, este mês, estou à tua espera, filho! 
Para além das boas sensações típicas deste mês, e para além do amor, está o que sinto por ti!"
Escrito a 1 de Agosto de 2013

Comemorarei em ti, Agosto de 2016, os 40, mas por agora tenho quase 1 ano para me despedir dos 30 em grande. Espera por mim tranquilo e sem pressas, eu quero que este ano passe bem e devagar.

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