Hoje fui almoçar contigo a casa da avó. Recordei o tempo em que te esperávamos. Recordei o dia do teu nascimento. Verbalizei o quanto já te amávamos enquanto te esperávamos. Disse que te adoro. Dei-te colo, fiz-te festas e beijei-te o rosto. Reafirmei o bem que te desejo. E agora escrevo-o aqui, para que não te lembres de esquecer o que sempre senti por ti.
No dia (muito longínquo) em que eu deixar de andar por cá, para o caso de a memória me falhar ou se eu deixar de conseguir verbalizar, está aqui escrito, minha sobrinha, que tu és o meu amor. Fui tia antes de ser mãe, passados 3 anos nasceu-me um filho e eu passei a ter 2 amores no estado puro: tu e ele. Sinto-me uma privilegiada por isso. O meu colo tornou-se elástico porque se adapta ao tamanho de cada um de vocês. O meu coração tornou-se elástico porque tem capacidade ilimitada para albergar este tipo de amor (venham mais filhos e mais sobrinhos, estou pronta :)).
Hoje perguntaste-me quando é que eu ia deixar de trabalhar, como que a perguntar-me quando é que vou ter mais tempo livre. Hoje disseste-me que querias ser minha filha, que querias ter 3 mães: a mãe que te fez nascer, a grande mãe que é a avó e eu. Estou aqui a transbordar de alegria por ser digna desse desejo.
Isto de ser tia tem destas coisas (maravilhosas). Eu sou tua tia, logo existo!
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