Sou pela inclusão. Sou pela criação de oportunidades para todos. Sou por uma Escola para todos. Sou pelo respeito: respeito pelo que cada um sabe e pelo que cada um gosta. Sou pela igualdade, se bem que a igualdade na Educação, para mim, não se refere a um ensino igual para todos, com conteúdos iguais para todos, com atividades extra-curriculares iguais para todos, com estratégias iguais para todos. Afinal, somos todos diferentes, com interesses, aptidões e necessidades diferentes.
Sou pela inclusão, nas Escolas ditas normais/regulares, de alunos que frequentam Escolas Especiais. No entanto, antes disso, considero que é conveniente existir Inclusão de todos os alunos que já frequentam as Escolas ditas "normais". É que atualmente ainda há nestas muitos alunos excluídos. Será fundamental começar pelo princípio, criar condições, deixar o modelo da Escola Tradicional definitivamente (modelo de ensino transmissivo). Não importa fazer juízos de valor do modelo de ensino transmissivo, o que é importante é que se analise e se reflita sobre os motivos que levam a adoção desse modelo nos dias de hoje. Julgo que só poderemos incluir nas escolas regulares alunos que frequentam as escolas especiais se a educação for, efetivamente, inclusiva para os que já a frequentam. O modelo de ensino transmissivo não promove a Inclusão. Temos de encarar com confiança e naturalidade que as crianças quando chegam à escola já trazem muitos conhecimentos e trazem conhecimentos diferentes entre si, independentemente da condição de deficiência que possam ter (ou não). Todos os alunos têm, durante o seu percurso escolar, alguma necessidade especial, que requer uma atenção particular no seu processo de aprendizagem, logo, é necessário interiorizar que a Educação Inclusiva (EI) não é algo destinado exclusivamente a pessoas com deficiência (seja ela de que natureza for). A EI é para todos.
Julgo que é fundamental assumir que:
- a criança tem um papel ativo no seu próprio processo de aprendizagem;
- a diferença tem de ser um motor de ação educativa e não um travão;
- o professor deve assumir um papel de gestor ou guia e não de mero transmissor;
- os conteúdos aprendidos em contexto escolar devem relacionar-se com a realidade e devem satisfazer as necessidades das crianças, para que estas atribuam um significado ao trabalho que realizam;
- as crianças têm diferentes ritmos de trabalho e diferentes interesses.
Considero que ainda há um longo caminho a percorrer para eliminar resistências e barreiras criadas, por vezes ficticiamente, à Educação Inclusiva.
Transferir alunos das Escolas Especiais para as ditas normais sem prepará-las para a Inclusão de todos os que já a frequentam é, na minha opinião, meter o Rossio na rua da Betesga. É que Educação Inclusiva é um assunto sério, o que fizermos hoje relativamente à Educação Inclusiva refletir-se-á na sociedade de amanhã. É urgente agir, mas é importante definir como é que se vai fazê-lo. A EI não deve ser encarada como uma forma de redução de custos (ainda que o possa ser na prática), na medida em que tem de ter capacidade de resposta para atender os diferentes alunos. É necessário ter diferentes recursos (materiais e humanos). É necessária mais formação, ainda que considere que os professores não são médicos, logo, não têm de conhecer profundamente todas as patologias. A diferenciação curricular não deve ser da inteira responsabilidade do professor. A gestão da sala de aula não depende da homogeneidade ou heterogeneidade das turmas, até porque se considerarmos que todos os alunos são diferentes, a gestão da sala de aula tem de ter sempre em consideração a heterogeneidade (nem sei porque é que se continua a falar de turmas homogéneas).
Precisamos de mais Inclusão e de compreender melhor o que é isso da igualdade na Educação. A verdade é que precisamos de mais Inclusão em muitas áreas da nossa vida, podíamos começar pela Educação...
Este texto tem excertos de um trabalho que realizei, no âmbito de uma Unidade Curricular, que teve como ponto de partida uma reflexão sobre um texto de David Rodrigues: Dez ideias (mal) feitas sobre a educação inclusiva. No entanto, não me baseei apenas neste texto.
Sou pela inclusão, nas Escolas ditas normais/regulares, de alunos que frequentam Escolas Especiais. No entanto, antes disso, considero que é conveniente existir Inclusão de todos os alunos que já frequentam as Escolas ditas "normais". É que atualmente ainda há nestas muitos alunos excluídos. Será fundamental começar pelo princípio, criar condições, deixar o modelo da Escola Tradicional definitivamente (modelo de ensino transmissivo). Não importa fazer juízos de valor do modelo de ensino transmissivo, o que é importante é que se analise e se reflita sobre os motivos que levam a adoção desse modelo nos dias de hoje. Julgo que só poderemos incluir nas escolas regulares alunos que frequentam as escolas especiais se a educação for, efetivamente, inclusiva para os que já a frequentam. O modelo de ensino transmissivo não promove a Inclusão. Temos de encarar com confiança e naturalidade que as crianças quando chegam à escola já trazem muitos conhecimentos e trazem conhecimentos diferentes entre si, independentemente da condição de deficiência que possam ter (ou não). Todos os alunos têm, durante o seu percurso escolar, alguma necessidade especial, que requer uma atenção particular no seu processo de aprendizagem, logo, é necessário interiorizar que a Educação Inclusiva (EI) não é algo destinado exclusivamente a pessoas com deficiência (seja ela de que natureza for). A EI é para todos.
Julgo que é fundamental assumir que:
- a criança tem um papel ativo no seu próprio processo de aprendizagem;
- a diferença tem de ser um motor de ação educativa e não um travão;
- o professor deve assumir um papel de gestor ou guia e não de mero transmissor;
- os conteúdos aprendidos em contexto escolar devem relacionar-se com a realidade e devem satisfazer as necessidades das crianças, para que estas atribuam um significado ao trabalho que realizam;
- as crianças têm diferentes ritmos de trabalho e diferentes interesses.
Considero que ainda há um longo caminho a percorrer para eliminar resistências e barreiras criadas, por vezes ficticiamente, à Educação Inclusiva.
Transferir alunos das Escolas Especiais para as ditas normais sem prepará-las para a Inclusão de todos os que já a frequentam é, na minha opinião, meter o Rossio na rua da Betesga. É que Educação Inclusiva é um assunto sério, o que fizermos hoje relativamente à Educação Inclusiva refletir-se-á na sociedade de amanhã. É urgente agir, mas é importante definir como é que se vai fazê-lo. A EI não deve ser encarada como uma forma de redução de custos (ainda que o possa ser na prática), na medida em que tem de ter capacidade de resposta para atender os diferentes alunos. É necessário ter diferentes recursos (materiais e humanos). É necessária mais formação, ainda que considere que os professores não são médicos, logo, não têm de conhecer profundamente todas as patologias. A diferenciação curricular não deve ser da inteira responsabilidade do professor. A gestão da sala de aula não depende da homogeneidade ou heterogeneidade das turmas, até porque se considerarmos que todos os alunos são diferentes, a gestão da sala de aula tem de ter sempre em consideração a heterogeneidade (nem sei porque é que se continua a falar de turmas homogéneas).
Precisamos de mais Inclusão e de compreender melhor o que é isso da igualdade na Educação. A verdade é que precisamos de mais Inclusão em muitas áreas da nossa vida, podíamos começar pela Educação...
Este texto tem excertos de um trabalho que realizei, no âmbito de uma Unidade Curricular, que teve como ponto de partida uma reflexão sobre um texto de David Rodrigues: Dez ideias (mal) feitas sobre a educação inclusiva. No entanto, não me baseei apenas neste texto.
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