Amizade, solidariedade, companheirismo e solidão: são coisas que me vêm à ideia quando penso neste livro.
Andava à procura do livro "Como apanhar uma estrela", uma vez que a criança pequena cá de casa gosta de estrelas e da lua, mas não o encontrei. Encontrei o "Perdido e Achado" na livraria que visitei e não hesitei em comprá-lo. Fala de um menino que encontra um pinguim à sua porta e que tudo faz para que o animal descubra o caminho de regresso a casa. Julga que o pinguim está perdido, mas na verdade o pinguim sente-se "apenas" sozinho.
É um livro de Oliver Jeffers, da Editora Orfeu mini: O artista, que é escritor e ilustrador, tem livros com mensagens fortíssimas e de leitura fácil; a editora que tem livros infantis, simplesmente, maravilhosos. Um casamento perfeito.
O meu pequeno Índio Pirata tem uma veia artística (julgo eu), gosta de teatro e de dramas, gosta de brincar ao faz de conta, gosta de fingir que não está em casa, quando na verdade está (mal) escondido debaixo de uma manta qualquer, mas acho que a reação dele foi sincera quando me perguntou, com uma voz triste e com um ar preocupado, "E agora!?", a propósito de o menino da história ter regressado ao Polo Sul para ir buscar o Pinguim e não o ter encontrado. Eu explico-lhe, cada vez que leio esta história, que o Pinguim não estava perdido, afinal só queria um amigo e reforço que o menino quando percebeu isso voltou para trás para ir buscá-lo. Uma das mensagens que lhe quero transmitir é a da importância de nos preocuparmos com os outros, de ajudarmos os outros, de sermos leais para com os outros. Acho que consigo.
Numa análise mais adulta, uma das mensagens que mais realço é a da solidão: há muita gente a sentir-se sozinha na nossa sociedade e, ao contrário desta história, nem sempre há gente disposta a ajudar.
Com este livro, imagino-me a falar de sentimentos, de Geografia e de Biologia. Seria uma boa oportunidade para apresentar o globo às crianças e para marcarmos no mesmo, com uma linha contínua de plasticina (ou com um fio colado com bostik), o percurso desde o nosso país até ao Polo Sul. Depois de traçarmos o primeiro percurso, exploramos alternativas e traçamos o segundo e o terceiro com linhas de cores diferentes; de seguida, analisamos a distancia dos percursos; por fim, retiramos as linhas que colámos no Globo e colocamo-las, lado a lado, em cima de uma superfície plana, para verificarmos qual é a mais curta e qual é a mais comprida. Assim, aferimos qual o percurso mais longo e o mais curto. Também podemos falar de animais que vivem no Polo Sul. E de transportes marítimos. E podemos colocar um barco a flutuar num alguidar. E, dependendo da idade das crianças, podemos falar de flutuação...
Partindo da leitura de um livro, podemos falar de tanta, tanta coisa. E desta forma há sempre um fio condutor, os assuntos relacionam-se, as respostas surgem de perguntas que a própria leitura do livro proporciona, tudo tem mais interesse. Tudo faz mais sentido.
Andava à procura do livro "Como apanhar uma estrela", uma vez que a criança pequena cá de casa gosta de estrelas e da lua, mas não o encontrei. Encontrei o "Perdido e Achado" na livraria que visitei e não hesitei em comprá-lo. Fala de um menino que encontra um pinguim à sua porta e que tudo faz para que o animal descubra o caminho de regresso a casa. Julga que o pinguim está perdido, mas na verdade o pinguim sente-se "apenas" sozinho.
É um livro de Oliver Jeffers, da Editora Orfeu mini: O artista, que é escritor e ilustrador, tem livros com mensagens fortíssimas e de leitura fácil; a editora que tem livros infantis, simplesmente, maravilhosos. Um casamento perfeito.
O meu pequeno Índio Pirata tem uma veia artística (julgo eu), gosta de teatro e de dramas, gosta de brincar ao faz de conta, gosta de fingir que não está em casa, quando na verdade está (mal) escondido debaixo de uma manta qualquer, mas acho que a reação dele foi sincera quando me perguntou, com uma voz triste e com um ar preocupado, "E agora!?", a propósito de o menino da história ter regressado ao Polo Sul para ir buscar o Pinguim e não o ter encontrado. Eu explico-lhe, cada vez que leio esta história, que o Pinguim não estava perdido, afinal só queria um amigo e reforço que o menino quando percebeu isso voltou para trás para ir buscá-lo. Uma das mensagens que lhe quero transmitir é a da importância de nos preocuparmos com os outros, de ajudarmos os outros, de sermos leais para com os outros. Acho que consigo.
Numa análise mais adulta, uma das mensagens que mais realço é a da solidão: há muita gente a sentir-se sozinha na nossa sociedade e, ao contrário desta história, nem sempre há gente disposta a ajudar.
Com este livro, imagino-me a falar de sentimentos, de Geografia e de Biologia. Seria uma boa oportunidade para apresentar o globo às crianças e para marcarmos no mesmo, com uma linha contínua de plasticina (ou com um fio colado com bostik), o percurso desde o nosso país até ao Polo Sul. Depois de traçarmos o primeiro percurso, exploramos alternativas e traçamos o segundo e o terceiro com linhas de cores diferentes; de seguida, analisamos a distancia dos percursos; por fim, retiramos as linhas que colámos no Globo e colocamo-las, lado a lado, em cima de uma superfície plana, para verificarmos qual é a mais curta e qual é a mais comprida. Assim, aferimos qual o percurso mais longo e o mais curto. Também podemos falar de animais que vivem no Polo Sul. E de transportes marítimos. E podemos colocar um barco a flutuar num alguidar. E, dependendo da idade das crianças, podemos falar de flutuação...
Partindo da leitura de um livro, podemos falar de tanta, tanta coisa. E desta forma há sempre um fio condutor, os assuntos relacionam-se, as respostas surgem de perguntas que a própria leitura do livro proporciona, tudo tem mais interesse. Tudo faz mais sentido.
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