quarta-feira, 23 de março de 2016

Ela

Ela é a minha sobrinha. 
Há duas semanas esteve doente. Durante o dia ficou em casa da minha mãe e num dos dias almocei com elas. Brincámos ao circo: ela com os pés em cima das minhas pernas a tentar equilibrar-se de acordo com as minhas instruções - só com um pé, sem te agarrares, etc. Cantámos e dançámos cantigas de roda da minha infância, que também são da dela. A nossa brincadeira durou 20 minutos, mais ou menos, mas saí de lá mais feliz do que ela (ou tão feliz como ela, vá). 
A semana passada, a minha mãe esteve doente, a mãe dela esteve doente, eu estive doente. A minha mãe mal conseguia pôr-se de pé, mas foi buscá-la à escola. Nesse dia, depois de almoço, a minha mãe pediu-lhe para ela ir dormir a sesta. Ela recusou, embirrou que não queria dormir. Eu pedi-lhe várias vezes para obedecer à avó. Ela continuou a recusar. Afastei-me e disse-lhe que estava chateada. Ela começou a chorar. Expliquei-lhe os motivos pelos quais estava chateada. Ela compreendeu e secou as lágrimas. Ela adormeceu comigo a fazer-lhe festas na cabeça. E eu também. Gosto tanto, tanto, dela; queria adormecer mais vezes ao lado dela. 

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