Ele acordou às 5 e tal da manhã de Sábado. O pai trabalhou no Sábado. Ele acordou às 6 da manhã de domingo. O pai esteve de folga no Domingo. Não comprei nenhuma prenda nem tinha vontade de o fazer, queria pagar-lhe o almoço longe de casa, com vista para o mar. Foi esta a prenda que imaginei e era para os três. O miúdo fez um presente na escola para oferecer ao pai e eu estava sem paciência e sem imaginação para acrescentar algo à surpresa. Queria apenas fugir dali para um sítio bonito.
A casa estava por arrumar. A visita à minha avó, que caiu, estava por fazer. A roupa estava por tratar. Eu estava cansada. Às 7 da manhã eu e o miúdo tomávamos o pequeno almoço. Às 7:30 brincava sozinho. Às 8 da manhã eu e o miúdo estávamos a fazer ginástica no quarto dele, a jogar à bola com um boneco, a brincar ao equilíbrio.
Disse-lhe que era dia do Pai. Sugeri a leitura do livro "Pê de Pai". Ele aceitou, mas pediu para lhe ler também o "Coração de mãe". O pai acordou às 10, era dia do Pai, dormir até às 10h foi um dos presentes. Por ali andámos com intenção de ir para a rua. O cansaço pesava-me, o sono começava a chatear o miúdo. O almoço com vista para a praia ficava sem efeito. Ao meio dia estávamos a almoçar em casa. À uma da tarde ele estava a dormir - dormiu 3 horas e eu duas. Antes de dormir o pai "obrigou-me" a ir comprar um gelado, era dia do Pai, era só o que ele queria - "sacana", fez-me sair de casa. Assim que acordou da sesta, lanchámos e fomos para a rua. Fomos a um parque distante da nossa casa, onde brincámos e arejámos os três. Eles foram desejar um feliz dia ao avô enquanto eu fui ver a minha avó. Jantámos na casa dos avós. Regressámos a casa para dormir. Varri o chão da cozinha, tratei de alguma roupa e ignorei o que ficou por fazer. Na segunda feira de manhã desejei que fosse domingo com o pai de folga. O meu desejo não se concretizou. Paciência, está tudo bem.
A casa estava por arrumar. A visita à minha avó, que caiu, estava por fazer. A roupa estava por tratar. Eu estava cansada. Às 7 da manhã eu e o miúdo tomávamos o pequeno almoço. Às 7:30 brincava sozinho. Às 8 da manhã eu e o miúdo estávamos a fazer ginástica no quarto dele, a jogar à bola com um boneco, a brincar ao equilíbrio.
Disse-lhe que era dia do Pai. Sugeri a leitura do livro "Pê de Pai". Ele aceitou, mas pediu para lhe ler também o "Coração de mãe". O pai acordou às 10, era dia do Pai, dormir até às 10h foi um dos presentes. Por ali andámos com intenção de ir para a rua. O cansaço pesava-me, o sono começava a chatear o miúdo. O almoço com vista para a praia ficava sem efeito. Ao meio dia estávamos a almoçar em casa. À uma da tarde ele estava a dormir - dormiu 3 horas e eu duas. Antes de dormir o pai "obrigou-me" a ir comprar um gelado, era dia do Pai, era só o que ele queria - "sacana", fez-me sair de casa. Assim que acordou da sesta, lanchámos e fomos para a rua. Fomos a um parque distante da nossa casa, onde brincámos e arejámos os três. Eles foram desejar um feliz dia ao avô enquanto eu fui ver a minha avó. Jantámos na casa dos avós. Regressámos a casa para dormir. Varri o chão da cozinha, tratei de alguma roupa e ignorei o que ficou por fazer. Na segunda feira de manhã desejei que fosse domingo com o pai de folga. O meu desejo não se concretizou. Paciência, está tudo bem.
O pai é ambulância, é travão, é casaco, é bóia e é colchão. O pai é sofá, é avião, é motor, é grua e é despertador. O pai é esconderijo, é escadote, é carrossel, é trator, é cavalinho, é túnel e é doutor. O pai é esfregão, é pequenino, é seta, é cofre, é cabide e é meta. O pai pode ser tudo o que ele quiser.
Ofereci este livro ao pai do meu filho no final da minha gravidez, quando ele fez 37 anos. Ele nem imaginava o tanto que podia ser.
É um livro de Isabel Martins e Bernardo Carvalho, do Planeta Tangerina.
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