segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O regresso às férias no sítio do costume: Armona 2018

O regresso ao passado recente. o regresso à nossa tradição de Verão. o regresso à viagem que nos faz chegar a Olhão. o regresso ao mar quente. o regresso às refeições na rua sem hora marcada. o regresso às caminhadas. o regresso ao passadiço de madeira. o regresso aos mojitos nos "Belgas". o regresso aos gelados (quase) todos os dias. o regresso às bolas de Berlim. o regresso ao estendal colorido feito com as toalhas de praia de cada um de nós. o regresso ao café da manhã no "Carlos". o regresso às cavalitas a pedido. o regresso aos mergulhos demorados. o regresso aos jogos de tabuleiro na rua. o regresso do pai à pesca. o regresso às fotografias tiradas em série. o regresso ao banho de rua e de alguidar. o regresso aos grelhados e às saladas. o regresso ao parque de areia. o regresso à Ilha, à (nossa) Ilha da Armona.
Este ano jogámos à macaca, jogámos futebol, encontrámos camaleões, recebemos visitas.
E depois de voltarmos ao lugar onde já fomos tão felizes, regressámos a casa.


Em Agosto de 2012 conheci a Ilha da Armona. Não me passava pela ideia ficar mais do que 4/5 dias num lugar sem muito para fazer. Assim foi: 5 dias felizes, mas 5 dias que me chegaram. Em 2012 ainda não era mãe. Em 2012, no mês de Agosto, quando cheguei à Ilha, já tinha feito análises e exames diversos porque tinha chegado a hora de ser mãe. Tínhamos decidido ser pais. Iniciámos as tentativas nesse mês. Em Agosto de 2012 engravidei, mas só o soube em Setembro. A gravidez não evoluiu, mas sou mãe de um anjo concebido em Agosto de 2012, talvez na Ilha da Armona. Esta Ilha é especial. 
Em Agosto de 2016 regressei à Ilha com o meu filho a pedir colo e carrinho, a fazer o desfralde, para uma estadia de 15 dias. 
Em Agosto de 2017 regressei à Ilha com o meu filho a andar de trotinete, ainda a querer colo, principalmente nas grandes caminhadas, para uma estadia de 15 dias. 
Em Agosto de 2018 regressei à Ilha, com o meu filho a andar de bicicleta, a escolher a sua roupa, a selecionar os brinquedos para as férias, ainda a pedir colo ou cavalitas, para uma estadia de 15 dias. 
Nunca mais me chegaram os 5 dias da primeira estadia. Ser mãe muda-nos, as necessidades mudam: sinto necessidade deste isolamento por 15 dias e não me passa pela ideia uma estadia inferior. 
É sempre bom regressar à Ilha e custa-me cada vez menos regressar a casa, porque volto a casa com a promessa de lá voltar. É a nossa tradição de Verão.
A criar memórias de família na Armona desde 2012.

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