Será que vou deixá-lo com a tranquilidade com que to deixei a primeira vez? Recordo agora que me enviavas fotografias nos primeiros dias para me tranquilizar.
Será que vão conseguir entendê-lo? Compreender as suas dificuldades, as suas facilidades e as suas preferências?
Será que vão valorizar o seu progresso como tu fizeste?
Será que lhe vão dar um beijo repenicado e um abraço de manhã?
Será que me vão enviar uma mensagem a dizer que, apesar de não ter febre, não está bem?
Será que lhe vão reconhecer as necessidades nos dias em que o mau feitio impera?
Será que lhe vão reconhecer as necessidades nos dias em que o mau feitio impera?
Será que volto a confiá-lo num passeio ou numa ida à praia como o confiei a vocês?
Será que vão aguçar a sua curiosidade e o seu gosto pelo conhecimento do mundo, de novos lugares e de novas lendas como tu o fazes?
Será que os mapas de Portugal e do Mundo que lhe comprámos à conta do teu trabalho, continuarão a fazer sentido?
Será que cantará o Hino de Portugal num café qualquer como fez no outro dia? Será que dirá: foi "a minha professora" que me ensinou.
Será que vai ver, com os amigos da escola, jogos de futebol quando Portugal jogar num Europeu ou num Mundial?
Será que vai continuar a perguntar-me com tanto interesse como é que se escreve isto ou aquilo?
Será que vai sentir saudades da horta, da vista, do espaço, dos amigos, da comida, das brincadeiras, das piscinas de Verão, das pessoas? Das pessoas, que são o mais importante de tudo...
Será que definirão, em conjunto, algumas regras? Aquelas que sabemos que são necessárias?
Será que se sentirá tão integrado num grupo como se sente aí?
Será que teremos proximidade suficiente com a educadora para conversarmos sobre o que achamos importante para o bem estar do miúdo?
Será que as novas aprendizagens lhe pesarão? É que apesar de teres proporcionado a aprendizagem/descoberta de tantos conteúdos, não senti que isso o sobrecarregasse. Ele sempre demonstrou gostar. Foram muitas descobertas/aprendizagens com sentido (para ele/eles). A culpa é tua.
Será que vou saber o que o meu filho vai fazendo ao longo do ano? Contigo eu sabia. Contigo, eu até podia aplicar as novas descobertas no nosso dia a dia, sempre que fosse adequado.
Será que vou ouvi-lo dizer "isso não se faz aos amigos", reconhecendo imediatamente que a frase foi trabalhada e discutida contigo.
Será?
Sei pouco do que nos espera lá à frente (em setembro). Sei bem o que ficou para trás. Sei das saudades que já temos. E a culpa é tua, da tua companheira de equipa, "a tua copiloto", de toda a equipa que faz parte desta escola.
Sei que posso fazer muito do que aqui foi escrito (de maneira diferente, claro), posso até fazer tudo e mais; sei que sou a mãe e que sou responsável pela sua educação, pelos valores que lhe transmito com exemplos; sei que o meu papel não é de mera espetadora; sei muita coisa (às vezes parece que não sei nada).
Mas também sei que ele passa cerca de 8 horas na escola; sei que ele tem 4 anos quase 5; sei que agora, mais do que as formalidades exigidas pelo sistema, é tempo de ganhar boas bases e oportunidades para descobrir o mundo... descobrir o mundo com interesse... é tempo de gostar de descobrir e de gostar de aprender. Convosco eu sabia que ele tinha tudo isto. Por isso, a saída é difícil. A culpa é vossa.
O nosso obrigado e até breve (não conseguimos dizer adeus).
Será que os mapas de Portugal e do Mundo que lhe comprámos à conta do teu trabalho, continuarão a fazer sentido?
Será que cantará o Hino de Portugal num café qualquer como fez no outro dia? Será que dirá: foi "a minha professora" que me ensinou.
Será que vai ver, com os amigos da escola, jogos de futebol quando Portugal jogar num Europeu ou num Mundial?
Será que vai continuar a perguntar-me com tanto interesse como é que se escreve isto ou aquilo?
Será que vai sentir saudades da horta, da vista, do espaço, dos amigos, da comida, das brincadeiras, das piscinas de Verão, das pessoas? Das pessoas, que são o mais importante de tudo...
Será que definirão, em conjunto, algumas regras? Aquelas que sabemos que são necessárias?
Será que se sentirá tão integrado num grupo como se sente aí?
Será que teremos proximidade suficiente com a educadora para conversarmos sobre o que achamos importante para o bem estar do miúdo?
Será que as novas aprendizagens lhe pesarão? É que apesar de teres proporcionado a aprendizagem/descoberta de tantos conteúdos, não senti que isso o sobrecarregasse. Ele sempre demonstrou gostar. Foram muitas descobertas/aprendizagens com sentido (para ele/eles). A culpa é tua.
Será que vou saber o que o meu filho vai fazendo ao longo do ano? Contigo eu sabia. Contigo, eu até podia aplicar as novas descobertas no nosso dia a dia, sempre que fosse adequado.
Será que vou ouvi-lo dizer "isso não se faz aos amigos", reconhecendo imediatamente que a frase foi trabalhada e discutida contigo.
Será?
Sei pouco do que nos espera lá à frente (em setembro). Sei bem o que ficou para trás. Sei das saudades que já temos. E a culpa é tua, da tua companheira de equipa, "a tua copiloto", de toda a equipa que faz parte desta escola.
Sei que posso fazer muito do que aqui foi escrito (de maneira diferente, claro), posso até fazer tudo e mais; sei que sou a mãe e que sou responsável pela sua educação, pelos valores que lhe transmito com exemplos; sei que o meu papel não é de mera espetadora; sei muita coisa (às vezes parece que não sei nada).
Mas também sei que ele passa cerca de 8 horas na escola; sei que ele tem 4 anos quase 5; sei que agora, mais do que as formalidades exigidas pelo sistema, é tempo de ganhar boas bases e oportunidades para descobrir o mundo... descobrir o mundo com interesse... é tempo de gostar de descobrir e de gostar de aprender. Convosco eu sabia que ele tinha tudo isto. Por isso, a saída é difícil. A culpa é vossa.
O nosso obrigado e até breve (não conseguimos dizer adeus).
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