O Índio Pirata rumou a sul do seu país para uma semana de férias com os seus pais no final de Julho. Já tinha estado naquele distrito há cerca de 1 ano, mas é bem possível que não se lembre muito bem dos acontecimentos.
A rotina diária das férias (bolas, até de férias há uma rotina, ainda que muito flexível) começava por acordarmos quando o galo Índio dava o grito de alvorada "Quero leitito". Passava por ter pequenos almoços tranquilos e sem pressas com pão quente que o pai ia buscar logo de manhã, por ir beber café na esplanada, por idas à praia até às 11h/11h30, por regressos a casa para dormidas e almoços sem pressas, por retomar as brincadeiras de praia às 17h, por passeios no carrinho, por regressos a casa sem stress. Os dias terminavam quando o sono chegava, por vezes, com passeios na rua que o faziam adormecer no carrinho.
Tínhamos 2 supermercados perto de casa, estávamos a 1 minuto a pé da praia e só pegámos no carro 1 dia para ir ao nosso amado concelho de Lagos.
Ele adorou a praia, as brincadeiras na água e com a água. Molhava as mãos na água salgada e levava-as à boca. Divertiu-se com a areia e comeu-a. Apanhou pedras à beira mar e não foram poucas as vezes que as tentou ingerir (não posso jurar que não tenha engolido alguma). Ele fez a sua primeira amiga de Verão, não sei se foi uma amizade colorida, ele não nos contou pormenores. Chama-se Júlia, vive na Suiça e tem quase o dobro da idade dele, mas daqui a uns anos a diferença de idades não se nota. Ele hesitou os pulos na água que habitualmente gosta, talvez por a água estar gelada, mas quando a via entrar na água lá corria para a beira mar como que a enfrentar o inimigo, só para se armar em forte. Comprámos-lhe uma pequena piscina que para um não era assim tão pequena, mas para dois tornou-se minúscula. No próximo ano teremos de ter em consideração eventuais amizades. Ele chegava à praia e lá vinha ela ter com ele e ele, de vez em quando, perguntava por ela. No último dia brincou num daqueles barcos que alugam na praia e saltou à corda (daquelas que estão na areia a delimitar zonas).
Andou muitos dias sem fralda, fez muito xixi no chão e até cocó. Também fez cocó no bacio, mas, sinceramente, acho que ainda não está preparado. Ou sou eu que não estou, não sei.
Ele andou descalço e nu pela casa. Subiu e desceu cadeiras e sofás. Comeu kiwi que se fartou e disse que era verde, já à melancia não achou tanta graça. Os seus brinquedos preferidos foram, um daqueles carrinhos de supermercado que nós pedimos emprestado para levar as compras no dia em que chegámos e que só devolvemos no último dia (desculpem lá senhores, mas o miúdo elegeu o vosso carro como o seu brinquedo preferido de férias), um garrafão de água vazio e o cesto das molas com as respetivas. A loucura. Comeu quase tudo sozinho e era habitual ver sopa por todo o lado e o chão todo sujo. O normal, portanto. Ajudou a lavar e a cortar as alfaces. Sempre que o mandámos pôr qualquer coisa no lixo, ele cumpriu. Rebolou muito no chão da sala. E o pai também.
No dia em que fomos a Lagos, brincou com a prima. Tomou duche numa espécie de chafariz/lago que há no centro da cidade. Almoçámos fora e viu as sapateiras e companhia que estavam no aquário do restaurante. Fomos os três, pela primeira vez, ao bar que costumamos ir sempre que passamos férias em Lagos. Foi tão bom estar lá com ele. A última vez que estivemos lá eu estava grávida, enjoada das unhas dos pés às pontas dos cabelos.
Regressámos a casa com algumas peripécias pelo caminho, mas felizes pelos dias de férias que tivemos e com pena de ter sido apenas 1 semana. O carro avariou, o miúdo teve febre no dia em que regressámos, apareceram-lhe borbulhas nas pernas e nos braços, fomos ao médico e o resultado foi um diagnóstico de amigdalite viral e desconhecimento acerca da origem das borbulhas (calor, alergia a alguma alimento, eventualmente), mas já andamos por aí a passear.
Agora, quando ouve algum barulho estranho ou uma conversa com um tom diferente pergunta "O que foi?". Está um cusco, é o que é. Continua a perguntar frequentemente "O que é ito?". Pergunta pela Júlia e pela Matilde. Fala mais, constrói mais frases. E eu, olho para as fotografias das férias do ano passado e comparo-as com as deste ano e vejo claramente o que ele cresceu: Está mais autónomo, está mais papagaio, está mais alto, faz-nos mais companhia, já tem opinião sobre o que quer e o que não quer. Do ano passado para este começou a andar, a falar, a embirrar. E nós continuamos a olhar para ele, a olhar para o que ele já faz, a olhar um para o outro e a sorrir, com aquele sorriso meio nervoso e orgulhoso igual ao que esboçávamos nos primeiros dias da sua existência.
Tínhamos 2 supermercados perto de casa, estávamos a 1 minuto a pé da praia e só pegámos no carro 1 dia para ir ao nosso amado concelho de Lagos.
Ele adorou a praia, as brincadeiras na água e com a água. Molhava as mãos na água salgada e levava-as à boca. Divertiu-se com a areia e comeu-a. Apanhou pedras à beira mar e não foram poucas as vezes que as tentou ingerir (não posso jurar que não tenha engolido alguma). Ele fez a sua primeira amiga de Verão, não sei se foi uma amizade colorida, ele não nos contou pormenores. Chama-se Júlia, vive na Suiça e tem quase o dobro da idade dele, mas daqui a uns anos a diferença de idades não se nota. Ele hesitou os pulos na água que habitualmente gosta, talvez por a água estar gelada, mas quando a via entrar na água lá corria para a beira mar como que a enfrentar o inimigo, só para se armar em forte. Comprámos-lhe uma pequena piscina que para um não era assim tão pequena, mas para dois tornou-se minúscula. No próximo ano teremos de ter em consideração eventuais amizades. Ele chegava à praia e lá vinha ela ter com ele e ele, de vez em quando, perguntava por ela. No último dia brincou num daqueles barcos que alugam na praia e saltou à corda (daquelas que estão na areia a delimitar zonas).
Andou muitos dias sem fralda, fez muito xixi no chão e até cocó. Também fez cocó no bacio, mas, sinceramente, acho que ainda não está preparado. Ou sou eu que não estou, não sei.
Ele andou descalço e nu pela casa. Subiu e desceu cadeiras e sofás. Comeu kiwi que se fartou e disse que era verde, já à melancia não achou tanta graça. Os seus brinquedos preferidos foram, um daqueles carrinhos de supermercado que nós pedimos emprestado para levar as compras no dia em que chegámos e que só devolvemos no último dia (desculpem lá senhores, mas o miúdo elegeu o vosso carro como o seu brinquedo preferido de férias), um garrafão de água vazio e o cesto das molas com as respetivas. A loucura. Comeu quase tudo sozinho e era habitual ver sopa por todo o lado e o chão todo sujo. O normal, portanto. Ajudou a lavar e a cortar as alfaces. Sempre que o mandámos pôr qualquer coisa no lixo, ele cumpriu. Rebolou muito no chão da sala. E o pai também.
No dia em que fomos a Lagos, brincou com a prima. Tomou duche numa espécie de chafariz/lago que há no centro da cidade. Almoçámos fora e viu as sapateiras e companhia que estavam no aquário do restaurante. Fomos os três, pela primeira vez, ao bar que costumamos ir sempre que passamos férias em Lagos. Foi tão bom estar lá com ele. A última vez que estivemos lá eu estava grávida, enjoada das unhas dos pés às pontas dos cabelos.
Regressámos a casa com algumas peripécias pelo caminho, mas felizes pelos dias de férias que tivemos e com pena de ter sido apenas 1 semana. O carro avariou, o miúdo teve febre no dia em que regressámos, apareceram-lhe borbulhas nas pernas e nos braços, fomos ao médico e o resultado foi um diagnóstico de amigdalite viral e desconhecimento acerca da origem das borbulhas (calor, alergia a alguma alimento, eventualmente), mas já andamos por aí a passear.
Agora, quando ouve algum barulho estranho ou uma conversa com um tom diferente pergunta "O que foi?". Está um cusco, é o que é. Continua a perguntar frequentemente "O que é ito?". Pergunta pela Júlia e pela Matilde. Fala mais, constrói mais frases. E eu, olho para as fotografias das férias do ano passado e comparo-as com as deste ano e vejo claramente o que ele cresceu: Está mais autónomo, está mais papagaio, está mais alto, faz-nos mais companhia, já tem opinião sobre o que quer e o que não quer. Do ano passado para este começou a andar, a falar, a embirrar. E nós continuamos a olhar para ele, a olhar para o que ele já faz, a olhar um para o outro e a sorrir, com aquele sorriso meio nervoso e orgulhoso igual ao que esboçávamos nos primeiros dias da sua existência.
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