Falta 1 mês e meio para o meu filho comemorar o seu 3.º aniversário. Nessa data também eu comemoro 3 anos de vida, de uma vida diferente da que conhecia até então. Melhor, incomparavelmente melhor.
Ele diz "fazi" em vez de fiz. Ele diz "quando ser grande" em vez de "quando for grande". É rara a noite que ele não me chama, muito rara aliás, mas quando está ao meu lado dorme a noite inteira. Quando acorda, em regra, chama por mim. A roupa que parecia tão grande já lhe assenta bem. Os últimos ténis que comprei tinham o número 24 inscrito na sola, os que comprei hoje têm o 26 (saltou um número). Não é alto para idade que tem, nem tem peso a mais, mas ainda tem vestígios da barriga de bebé. Bebe o leite e come torradas de manhã como gente grande. Tem a mania que não gosta de pêssego nem de manga; com a paciência do pai para o pêssego e com a minha estratégia para a manga (a manga estava fresca, eu triturei-a e disse-lhe que era batido de gelado) come tudo. Faz-me correr para a casa de banho do café em frente ao parque porque quer fazer cocó, mas não quer ir para casa; quer voltar para o parque quando terminar o que tem a fazer. Ele vai para a escola em Setembro.
Ele obriga-me a explicar os motivos pelos quais lhe digo não algumas vezes. Faz-me reconhecer que tenho tido muita paciência, se bem que nos últimos tempos tenho tolerado menos algumas coisas. Pode ser do meu cansaço, mas também o faço porque sinto que tenho de ditar algumas regras e impor alguns limites. Sinto que tenho de equilibrar. Ele tem de perceber que não tolero tudo. Nem tenho de o fazer. Pelo contrário.
Ele diz "fazi" em vez de fiz. Ele diz "quando ser grande" em vez de "quando for grande". É rara a noite que ele não me chama, muito rara aliás, mas quando está ao meu lado dorme a noite inteira. Quando acorda, em regra, chama por mim. A roupa que parecia tão grande já lhe assenta bem. Os últimos ténis que comprei tinham o número 24 inscrito na sola, os que comprei hoje têm o 26 (saltou um número). Não é alto para idade que tem, nem tem peso a mais, mas ainda tem vestígios da barriga de bebé. Bebe o leite e come torradas de manhã como gente grande. Tem a mania que não gosta de pêssego nem de manga; com a paciência do pai para o pêssego e com a minha estratégia para a manga (a manga estava fresca, eu triturei-a e disse-lhe que era batido de gelado) come tudo. Faz-me correr para a casa de banho do café em frente ao parque porque quer fazer cocó, mas não quer ir para casa; quer voltar para o parque quando terminar o que tem a fazer. Ele vai para a escola em Setembro.
Ele obriga-me a explicar os motivos pelos quais lhe digo não algumas vezes. Faz-me reconhecer que tenho tido muita paciência, se bem que nos últimos tempos tenho tolerado menos algumas coisas. Pode ser do meu cansaço, mas também o faço porque sinto que tenho de ditar algumas regras e impor alguns limites. Sinto que tenho de equilibrar. Ele tem de perceber que não tolero tudo. Nem tenho de o fazer. Pelo contrário.
No parque, já pergunta às outras crianças se querem brincar com ele; já pede brinquedos emprestados; já empresta os seus brinquedos; agradece quando lhe emprestam alguma coisa ou quando o ajudam; diz boa tarde quando chega ao parque; desatina, mas já não bate quando lhe tiram as coisas das mãos (de vez em quando ainda levanta a mão, mas menos vezes). Há uma ano tinha todo o egocentrismo característico da idade e bater era a forma de exteriorizar a sua frustração. Hoje é diferente. Ele cresceu (lá estou eu, ele está sempre a crescer). E eu tenho acompanhado e saboreado o crescimento desta mini pessoa, em tamanho, que me calhou. Observo-o muito, adoro observá-lo. Adoro vê-lo crescer, passo a passo, lado a lado, de igual para igual... Se bem que eu serei sempre a mãe e ele o filho. Sou mãe deste filho há quase 3 anos. Ele está crescido, mas continuo a abraçá-lo e a senti-lo bebé. Continuo a senti-lo como o meu bebé, mas um bebé mais crescido. Sei que um dia vou ter saudades do tempo que já não volta. Esse tempo é hoje.
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