quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Afinal, só importa a felicidade de quem amas e não a infelicidade de quem não interessa.

Quando magoam alguém que tu amas, carregas-lhe a dor. Pelo menos tentas. 
Quando magoam alguém que tu amas, vives as mágoas como se fossem tuas. Mas não são, não tenhas a ilusão de que gritas o mesmo desespero.
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável segue em frente, tu queres criar atalhos que o façam voltar atrás.
Quando magoam alguém que tu amas, tentas curar as feridas da melhor maneira que sabes: com desinfetante, cicatrizante, pensos rápidos, ligaduras... Mas não és cirurgião plástico, as marcas continuam a gritar a dor que, aparentemente, já passou. Os gritos da dor inicial já lá vão, mas ainda ouves aquele grito abafado de cada vez que sentes a cicatriz que lhe tatuaram à força. Ainda dás por ela muitas vezes, quase todos os dias.
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável vive bem e de consciência tranquila, tu queres mudar a lei: a dos homens e a do universo que se uniu para vos tramar. Não é justo que viva bem, sem castigo, sem remorsos, sem um pedido de desculpa. É injustiça pura.
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável apregoa teorias antagónicas ao que é e ao que pratica todos os dias (tu conhece-lo bem), tu queres a oportunidade para desmascará-lo.
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável constrói (aparentemente) algo que tu admiras, tu voltas a reivindicar justiça. Quem é que pôs os pesos nos pratos da balança? Enganou-se, não foi?
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável sobe muito alto, tu só pedes que ele voe para longe, para que não tenhas que testemunhar a sua ascensão. Tu não queres saber.
Quando magoam alguém que tu amas e o responsável cai "lá de cima" e se estatela "lá em baixo", tu podias ficar feliz... Mas não ficas. Afinal, só importa a felicidade de quem amas e não a infelicidade de quem não interessa.
Demoraste muito tempo a compreender isto, mas chegaste lá!

Imagem retirada da Internet.Fonte desconhecida.

E quando olhas para trás, reconheces que podias ter aprendido isto mais depressa e evitado sofrimento desnecessário. Ou então, tinhas mesmo de passar por tudo isto para aprender o que agora te parece tão simples e tão óbvio.
Agora é hora de seguir em frente, os pratos da balança ficarão na posição certa naturalmente. Venha a nós o que é para a nossa felicidade!

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