No domingo, nostálgica pela aproximação da segunda feira, ou melhor, pela aproximação do dia em que tenho de o deixar para ir trabalhar, olhei-o nos olhos e disse-lhe: Filho, vou ter saudades deste momento. Vou ter saudades tuas, vou ter saudades de como és agora. É que és mesmo maravilhoso.
E chorei. Agora ando assim, emociono-me por dois motivos: por tudo e por nada, sendo que este motivo é o meu TUDO.
Na segunda feira, a AMA abre a janela e diz-lhe que está frio.
Ele responde com ar de desdém: Então fecha a janela!
Eu ralho com ele.
Ele procura-me através do olhar, olha-me nos olhos, estica-me os braços, diz "mamã, oh mamã" e encosta a cabeça no meu peito. Safado!
Eu ralho com ele.
Ele procura-me através do olhar, olha-me nos olhos, estica-me os braços, diz "mamã, oh mamã" e encosta a cabeça no meu peito. Safado!
Às dez da noite, a caminho de casa, ele vê a biblioteca; diz várias vezes que quer ir à biblioteca. Quando chegamos a casa faz uma birra porque está cansado, mas tenta resistir ao sono; ainda está eufórico com as brincadeiras que teve com a prima. Eu agarro-o, encosto-o ao meu peito e balanço o seu pequeno corpo embrulhado no meu, enquanto lhe conto uma história. Ele adormece em cinco segundos. Eu gravo a sensação de o aconchegar no meu peito, na minha memória, no meu guardador de recordações, no meu coração. E fecho-o para que nada desta memória se perca.
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