"O
tempo foi pouco para ir às compras. Tu ainda nem três meses tens e eu não
queria andar contigo em centros comerciais. Mesmo assim, ainda fomos duas vezes
às compras na parte da manhã, hora de menos confusão.
Queria
uma árvore de Natal, mas a oportunidade de comprá-la surgiu poucos dias antes do
Natal e, como é óbvio, estava tudo escolhido. Resolvi que este ano a nossa
árvore seria do teu tamanho (60 cm) e assim foi. Tivemos uma árvore de Natal
com enfeites comprados propositadamente e com enfeites emprestados pela avó.
Queria
que estreasses roupa nova. Não estreaste um conjunto, mas sim dois. Apesar de
acharmos que comprar roupa muito cara para usares tão pouco tempo é um
desperdício, gastámos mais do que o previsto e não chorámos o dinheiro.
Eu
e o pai cantámos-te uma música de Natal. Apoderou-se de nós o espírito natalício e foi um grande momento. Tu arregalaste esses olhos grandes
e maravilhosos que tens com ar curioso. sabe-se lá o que pensaste.
O jantar
de Natal foi na casa da avó com os primos, com a tia, com as avós maternas, com a madrinha, com o tio, com o filho deste, e com o tio emprestado. Este tio é um daqueles amigos que, sempre que quer, passa o Natal connosco. Uma
casa cheia de gente, uma mesa cheia de comida, um dia cheio de amor. Andaste de
colo em colo, adormeceste e eu fiquei com sono mais cedo do que o desejado –
fruto das noites mal dormidas. Trocámos e abrimos os presentes, tu e a prima foram os que receberam mais presentes, outra coisa não era esperada. Gostava
que não te oferecessem quilos de brinquedos. Gostava que recebesses um ou dois,
de que realmente gostasses e ligasses, um ou outro livro e ponto final. Não
quero ser inconveniente com ninguém, mas quero que dês valor ao que recebes e que compreendas o
genuíno espírito natalício, que não passa por receber, receber, receber. Este Natal ancho que consegui. Há tantas outras coisas boas que podem fazer parte do Natal… espero conseguir incluí-las
na nossa família.
Este
ano, as ofertas foram muitas e quero registá-las apenas porque é o teu primeiro Natal. Não serão os presentes oferecidos que marcarão a tua vida, mas sim as recordações que o teu coração guardará.
Oferecemos-te,
juntamente com a tia, uma cadeira de refeições. A ideia foi dela e é um
presente útil.
Um amigo da tia ofereceu-te um livro de pano de que tu gostas muito.
Eu
e o pai oferecemos-te roupa. O pai escolheu ainda um conjunto de roupa "fixe" para ti. Eu ofereci-te a girafa Sofia, espero que gostes. Lembra-me a minha infância, a tua madrinha tinha uma.
A
avó comprou-te roupa. A
bisavó ofereceu-te um casaco lindo. A
tua madrinha ofereceu-te um casaco de malha, um brinquedo para agarrares e um
tapete de atividades com os animais da quinta. Acho que te vais divertir muito
com este brinquedo. O
tio emprestado ofereceu-te roupa.
O almoço
de Natal foi na nossa casa com os avós paternos e com o tio. Os
avós compraram-te roupa muito bonita e uma manta.
O
nosso desejo era reunir toda a gente na nossa casa, mas não foi possível.
Coisas de adultos que não se percebem muito bem! Um dia, se quiseres saber,
explico-te.
Foi
assim o teu primeiro Natal, rodeado por quem te ama, ao colo de quem te quer
muito bem, com presentes úteis e quatro brinquedos que, certamente, gostarás.
Feliz
Natal, filho. Desejo que tenhamos muitos Natais felizes."
Escrito no dia 24 de Dezembro de 2013
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