quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Foi assim que aconteceu #6 - O teu primeiro Natal, o meu primeiro Natal como mãe.

"O tempo foi pouco para ir às compras. Tu ainda nem três meses tens e eu não queria andar contigo em centros comerciais. Mesmo assim, ainda fomos duas vezes às compras na parte da manhã, hora de menos confusão.
Queria uma árvore de Natal, mas a oportunidade de comprá-la surgiu poucos dias antes do Natal e, como é óbvio, estava tudo escolhido. Resolvi que este ano a nossa árvore seria do teu tamanho (60 cm) e assim foi. Tivemos uma árvore de Natal com enfeites comprados propositadamente e com enfeites emprestados pela avó.
Queria que estreasses roupa nova. Não estreaste um conjunto, mas sim dois. Apesar de acharmos que comprar roupa muito cara para usares tão pouco tempo é um desperdício, gastámos mais do que o previsto e não chorámos o dinheiro.
Eu e o pai cantámos-te uma música de Natal. Apoderou-se de nós o espírito natalício e foi um grande momento. Tu arregalaste esses olhos grandes e maravilhosos que tens com ar curioso. sabe-se lá o que pensaste.
O jantar de Natal foi na casa da avó com os primos, com a tia, com as avós maternas, com a madrinha, com o tio, com o filho deste, e com o tio emprestado. Este tio é um daqueles amigos que, sempre que quer, passa o Natal connosco. Uma casa cheia de gente, uma mesa cheia de comida, um dia cheio de amor. Andaste de colo em colo, adormeceste e eu fiquei com sono mais cedo do que o desejado – fruto das noites mal dormidas. Trocámos e abrimos os presentes, tu e a prima foram os que receberam mais presentes, outra coisa não era esperada. Gostava que não te oferecessem quilos de brinquedos. Gostava que recebesses um ou dois, de que realmente gostasses e ligasses, um ou outro livro e ponto final. Não quero ser inconveniente com ninguém, mas quero que dês valor ao que recebes e que compreendas o genuíno espírito natalício, que não passa por receber, receber, receber. Este Natal ancho que consegui. Há tantas outras coisas boas que podem fazer parte do Natal… espero conseguir incluí-las na nossa família.

Este ano, as ofertas foram muitas e quero registá-las apenas porque é o teu primeiro Natal. Não serão os presentes oferecidos que marcarão a tua vida, mas sim as recordações que o teu coração guardará.
Oferecemos-te, juntamente com a tia, uma cadeira de refeições. A ideia foi dela e é um presente útil.
Um amigo da tia ofereceu-te um livro de pano de que tu gostas muito.
Eu e o pai oferecemos-te roupa. O pai escolheu ainda um conjunto de roupa "fixe" para ti. Eu ofereci-te a girafa Sofia, espero que gostes. Lembra-me a minha infância, a tua madrinha tinha uma.
A avó comprou-te roupa. A bisavó ofereceu-te um casaco lindo. A tua madrinha ofereceu-te um casaco de malha, um brinquedo para agarrares e um tapete de atividades com os animais da quinta. Acho que te vais divertir muito com este brinquedo. O tio emprestado ofereceu-te roupa.
O almoço de Natal foi na nossa casa com os avós paternos e com o tio. Os avós compraram-te roupa muito bonita e uma manta.
O nosso desejo era reunir toda a gente na nossa casa, mas não foi possível. Coisas de adultos que não se percebem muito bem! Um dia, se quiseres saber, explico-te.
Foi assim o teu primeiro Natal, rodeado por quem te ama, ao colo de quem te quer muito bem, com presentes úteis e quatro brinquedos que, certamente, gostarás.
Feliz Natal, filho. Desejo que tenhamos muitos Natais felizes."


Escrito no dia 24 de Dezembro de 2013

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