Filho, os últimos dias têm sido duros: as tuas birras, as minhas birras, mais horas de trabalho, menos horas contigo, o peso das decisões tomadas, as indecisões, dúvidas que me assolam, mudanças que se avizinham, sonhos que renascem, sonhos acabados de nascer. Tudo isto é muita coisa. Ando cansada: Estou a precisar de férias, de paz, de sossego, de diversão, de refletir e de avançar. Avançar ciente de que há coisas que posso mudar se não derem certo. E é isto. Isto tem sido a dureza dos últimos dias.
A delícia dos últimos dias é a tua evolução. Fazes-me rir e sorrir facilmente. Para que fique registado, ficam aqui algumas das coisas que dizes/fazes e que me deliciam (ou não, algumas são traquinices):
- Mãe, és a minha melhor amiga. - amo esta tua frase.
- Vocês são os melhores. - Dizes olhando para mim e para o pai.
- Vocês são os melhores. - Dizes olhando para mim e para o pai.
- Quero um abracinho.
- Bom dia alegria! - imitas-me e dás ênfase à frase.
- Digo que te amo. Respondes: Eu também.
- Isso não é justo. - dizes quando algo não corre como queres.
- Quero a Carmo. - enquanto fazemos 1001 malabarismos para tomares a medicação para a febre.
- Tivemos de recorrer ao supositório. Detestas. Perguntas: Para onde foi? Onde está? Quero vê-lo...
- Continuas a conseguir desarrumar a casa em segundos.
- Andas muito esquisito: "não gosto de feijão, não gosto de salada, não gosto de uvas, não gosto"... Vê se aprendes a dizer outra coisa.
- Quando for grande vou para o teu trabalho. Quando for grande posso comer pastilhas. Quando for grande posso andar sozinho. "Quando for grande" serve para projetares o que um dia farás e como contrariarás as nossas regras e proibições.
- Um senhor mete-se contigo a caminho do parque. Franzes o sobrolho, fazes beicinho, baixas a cabeça, cruzas os braços e não respondes. O senhor diz que é bombeiro. Arregalas os olhos. O senhor segue o seu caminho. Diz adeus. Não retribuis. Penso alto: podias ter cumprimentado o senhor, talvez ele nos deixasse dar uma volta no carro dos bombeiros. Dizes-me: quero cumprimentar o senhoooor! Digo-te: Agora é tarde. Pensas nisso para a próxima.
- A senhor do parque passa por ti na rua e tu dizes: Boa tarde Senhora! Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Tem sido difícil cumprimentares as pessoas que se metem contigo. Digo-te sempre o mesmo: se não quiseres, não tens de abraçar nem dar beijinhos a ninguém, mas podes cumprimentar as pessoas.
- Tens espírito de contradição. Mesmo quando queres alguma coisa, dizes quase sempre que não queres. Chegámos ao cúmulo de pedir para fazeres o contrário daquilo que queremos que faças. E resulta: Grita mais alto! Silêncio absoluto.
- Mãe, tens de secar o cabelo. - numa manobra de não me deixares sair de casa para ir trabalhar enquanto ficas no sofá com o pai. O pai tem ficado contigo em casa até mais tarde: levantam-se, vêem um episódio da Heidi, tomam o pequeno almoço e... quando chego a casa está tudo desarrumado.
- Tivemos de recorrer ao supositório. Detestas. Perguntas: Para onde foi? Onde está? Quero vê-lo...
- Continuas a conseguir desarrumar a casa em segundos.
- Andas muito esquisito: "não gosto de feijão, não gosto de salada, não gosto de uvas, não gosto"... Vê se aprendes a dizer outra coisa.
- Quando for grande vou para o teu trabalho. Quando for grande posso comer pastilhas. Quando for grande posso andar sozinho. "Quando for grande" serve para projetares o que um dia farás e como contrariarás as nossas regras e proibições.
- Um senhor mete-se contigo a caminho do parque. Franzes o sobrolho, fazes beicinho, baixas a cabeça, cruzas os braços e não respondes. O senhor diz que é bombeiro. Arregalas os olhos. O senhor segue o seu caminho. Diz adeus. Não retribuis. Penso alto: podias ter cumprimentado o senhor, talvez ele nos deixasse dar uma volta no carro dos bombeiros. Dizes-me: quero cumprimentar o senhoooor! Digo-te: Agora é tarde. Pensas nisso para a próxima.
- A senhor do parque passa por ti na rua e tu dizes: Boa tarde Senhora! Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Tem sido difícil cumprimentares as pessoas que se metem contigo. Digo-te sempre o mesmo: se não quiseres, não tens de abraçar nem dar beijinhos a ninguém, mas podes cumprimentar as pessoas.
- Tens espírito de contradição. Mesmo quando queres alguma coisa, dizes quase sempre que não queres. Chegámos ao cúmulo de pedir para fazeres o contrário daquilo que queremos que faças. E resulta: Grita mais alto! Silêncio absoluto.
- Mãe, tens de secar o cabelo. - numa manobra de não me deixares sair de casa para ir trabalhar enquanto ficas no sofá com o pai. O pai tem ficado contigo em casa até mais tarde: levantam-se, vêem um episódio da Heidi, tomam o pequeno almoço e... quando chego a casa está tudo desarrumado.
Imagem retirada daqui
- Apanhas flores e pedras e dizes que são para mim.
Está tudo perdoado.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Deixa aqui o teu comentário ou sugestão.