O primeiro foi o Bitá. Ao início, dado o nome invulgar, não percebi bem a que se referia. Lá compreendi, porque ele foi claro na explicação, que o Bitá é um amigo do trabalho dele.
- E o que é que vocês fazem no trabalho?
- Trabalhamos com os pucadores*.
Ele leva, inclusive, para a Ama uma construção de lego que ele designa como computador. Ele não me vê trabalhar ao computador, apesar de o fazer, mas o marido da Ama arranja computadores. Já lhe perguntei se ele queria convidar o Bitá para ir lá a casa. Respondeu que não. Ontem perguntou-me se eu queria ver o Bitá. Depois disse-me "ele está aqui". Escusado será dizer que não estava ali ninguém.
Há dias, houve uma nova contratação na empresa em que o meu filho trabalha e ele ganhou mais um amigo: o Tomás (este amigo sempre tem um nome comum, desta vez não o confundi com um ovni). A empresa alargou a sua área de actuação e agora também apanha dragões. Apanhámos Dragões castanhos - diz-me. Ele nem sabe bem que cor é esta, mas quem sou eu para o contrariar.
E é isto. Para já, para já, e com tantas empresas a reduzir pessoal, a do meu filho anda a fazer contratações e a alargar o leque de clientes e áreas de atuação. Só pode ser um bom pronúncio.
A propósito deste tema e falando mais seriamente, encontrei este artigo. E retirei deste algumas ideias do que deve ser a nossa atitude perante a existência de um amigo imaginário. Sim, ele existe mesmo. É normal aparecer por volta dos 3 anos e manter-se até aos 6. Não prejudica e parece que até pode ser um excelente fator protetor, emocional e psicológico. O miúdo arranjou logo dois, possivelmente a pensar que eu preciso de um... Estou a brincar, mas por vezes dava-me jeito um amigo destes: Quem é que comeu o gelado? E o chocolate? Já comeste a embalem de bolachas que comprei há meia hora? EU?? Não! O Bitá comeu o gelado, o Tomás o chocolate e os dois, não satisfeitos, atiraram-se às bolachas.
Imagem retirada daqui
Só para que fique registado: a minha sobrinha também teve uma amiga imaginária, a Helena.
* Computadores
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