Há anos que tentava engravidar. Gravidezes não evolutivas. Abortos. Tentativas consecutivas frustradas. Perguntas e mais perguntas. Ausência de respostas. O ciclo de "Fé e esperança - ansiedade - concretização - frustração - desgosto" a repetir-se tantas vezes. O querer ser mãe. Viver a maternidade de outras. Iniciar o processo de adoção. Esperar. Esperar 4 anos. Esquecer-se de que estava "grávida" - a natureza deu-nos 9 meses para nos prepararmos, ela estava à espera há 48. O telefonema que lhe mudou a vida. O nervosismo e a ansiedade. O encontro. A filha que ela recebeu de braços abertos ciente das dificuldades que uma criança que sofreu maus tratos enfrenta. Uma criança que deixou para trás irmãos e uma instituição. Uma filha que lhe chegou com uma vida impressa de dor. Imprimir o amor, o amor que já lhe tem. A celebração do 11.º aniversário da filha. A filha que lhe chama mãe. Ela a ser mãe. Ela a ser filha. Finalmente: mãe e filha na mesma história, prontas para iniciar um novo capítulo e construir uma história feliz.
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