O dia da Mãe não foi como imaginei. É a vida. Há muita coisa que não é como imaginamos. O amor que a maternidade me trouxe, esse sim, tem sido muito mais do que imaginei e, no dia de hoje, é o que importa. Importa dizer-te, filho, que estivemos juntos, que andamos de comboio, que passeamos por Lisboa, que almoçamos juntos, que regressamos a casa juntos, que comeste o teu primeiro gelado (foi feito por mim, mas tive de o transformar em batido porque estava mesmo muito gelado), que dormiste no carrinho enquanto eu o empurrei por trilhos de calçada portuguesa, que comprei o livro que está no título deste post e que o li vagarosamente, com sentimento e com sentido, procurando olhar-te nos olhos nos excertos que considerei mais importantes. Só nós: eu e tu.
Conversamos muito, procurei satisfazer a tua curiosidade em relação à viagem de comboio. Distinguiste o campo da cidade, à medida que a paisagem ia mudando. Exclamaste em cada túnel. Olhaste o rio pela janela. Admiraste os barcos. Questionaste cada paragem, cada apito e cada fecho de porta. Andaste no comboio que tantas vezes vais ver à estação e que tantas outras te faz levantar a cabeça no parque.
Senti-te mais crescido. Ou, talvez tenha sido eu que cresci mais um pouco. Alegra-me e entristece-me ver-te crescer. Entristece-me crescer. Mas sinta lá o que sentir, amo-te sempre meu amor. E "Meu amor" é o título do livro que (nos) comprei para assinalar este dia, que começa com o filho a perguntar: Mãe, vais amar-me durante toda a vida?
"Amo-te desde que te conheço e até antes disso.
...
Amo-te quando fazes como eu, e quando fazes como tu.
...
Amo-te quando te esforças, e quando eu me esforço.
...
Amo-te quando consegues, e quando vais conseguir.
Amo-te quando te lembras de mim, e quando te esqueces.
...
Amo-te quando vais à guerra, e quando mudas de ideias.
...
Amo-te quando és tu próprio, e quando não te reconheço.
Amo-te quando me ouves, e quando é a minha vez.
...
Amo-te quando estamos junto, e quando vocês estão juntos.
...
E pronto, é este o meu segredo. Amo-te todos os dias. Para sempre."
É um livro de Astrid Desbordes e Paul Martin, da editora Edicare. Quando o vi, pareceu-me um livro antigo, talvez pela ilustração, não sei. No entanto, 2016 é o ano da 1.ª edição. Para mim, este livro é uma verdadeira declaração de amor. Tão simples e tão verdadeiro.
Feliz dia para ti, filho, que me fazes comemorar este dia no papel de mãe.
Feliz dia para ti, mãe, que me fazes comemorar, desde sempre, este dia no papel de filha.
Estrito a 1 de Maio de 2016.
É um livro de Astrid Desbordes e Paul Martin, da editora Edicare. Quando o vi, pareceu-me um livro antigo, talvez pela ilustração, não sei. No entanto, 2016 é o ano da 1.ª edição. Para mim, este livro é uma verdadeira declaração de amor. Tão simples e tão verdadeiro.
Feliz dia para ti, filho, que me fazes comemorar este dia no papel de mãe.
Feliz dia para ti, mãe, que me fazes comemorar, desde sempre, este dia no papel de filha.
Estrito a 1 de Maio de 2016.
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